Sobre o evento

O Programa Formar e Inovar apresenta a web-palestra "Institutos Federais, o inédito viável", com o objetivo de reafirmar o compromisso de criação dos IFES na oferta de uma educação pública, de qualidade e para formação de profissionais de excelência. O evento, que acontece no dia 19/10/2021, às 15h, foi gratuito e on-line, transmitido através do canal oficial do IFPA no YouTube.

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Ministrante:

Prof. Msc. Eliezer Pacheco

Currículo do Professor: Graduado em História pela Universidade Federal de Santa Maria/RS, tem mestrado na mesma área, além de especialização em Ciências Políticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Recebeu título de Doutor Honoris Causa pelo Instituto Federal do Acre, atuou como Secretário de Educação na Prefeitura de Porto Alegre/RS, Presidente do IPE/RS e INEP Instituto de Previdência e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Foi titular da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) do Ministério da Educação da Secretaria de Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social do Ministério de Ciência e Tecnologia e Inclusão Social (MCTI). Entre 2003 e 2004 foi Secretário Municipal de Educação de Porto Alegre/RS e Presidente da UNDIME/RS 2013/2015. Foi Secretário Municipal da Educação no município de Canoas/RS entre 2013 e 2016.

Sobre o assunto: Os Institutos Federais são importantes não apenas pela sua implantação em todo o território nacional e por sua notável qualidade, moldada num projeto progressista mas também pelo ineditismo de seu Projeto Político Pedagógico, sem precedente no Brasil ou em qualquer outro país. São fruto de uma conjuntura e de um Projeto Nacional que ousava pensar e realizar o que ninguém fizera antes. Os Institutos, com mais de 600 campi espalhados por todo o território nacional, além de várias unidades avançadas, atuando em cursos técnicos(50 o/o das vagas), preferencialmente na forma integrada com o Ensino Médio; Licenciaturas(20 o/o das vagas) e graduações/bacharelados(30 o/o das pvagas), podendo ainda disponibilizar especializações, mestrados e doutorados profissionais. A organização pedagógica verticalizada, da educação básica à superior, é um dos fundamentos dos Institutos Federais. Ela permite aos docentes atuarem em diferentes níveis do ensino/pesquisa/extensão e aos discentes compartilharem espaços de aprendizagem, possibilitando o delineamento de trajetórias formativas que podem ir do Curso Técnico ao Doutorado. A estrutura multicampi e a clara definição do território de abrangência das ações dos Institutos Federais afirmam, na missão destas instituições, o compromisso de intervenção em suas respectivas regiões, identificando problemas e criando soluções técnicas e Tecnológicas para o desenvolvimento sustentável com inclusão social.
Os Institutos Federais constituem espaços fundamentais na construção dos caminhos visando o desenvolvimento local e regional. Para tanto, devem ir além da compreensão da educação Profissional e tecnológica como mera instrumentalização de pessoas para ocupações determinadas pelo mercado. Os IFs buscam superar a matriz Universidade/Escola Técnica, que corresponde a uma concepção hierarquizada do conhecimento, equivalente a estratificação das classes sociais: Universidade para as classes dominantes e Escola Técnica para os trabalhadores.
Os Institutos Federais foram a mais importante política educacional pública de nossa história e o palestrante é conhecedor profundo dessa proposta e suas concepções.
Ele irá abordar os aspectos que garantem a originalidade dos IFs e tratar das singularidades que reforçam a viabilidade dessa proposta.
Mais uma oportunidade formativa do Programa Formar e Inovar!

O IFPA está promovendo ciclos de formação em Educação  Socioemocional para servidores membros do PES desenvolverem suas atividades nas 19 unidades. Neste sentido, a web-palestra foi mais uma ação voltada para um diálogo sobre as competências cognitivas de base (memorização, processamento de informações, interpretação, reflexão). 

Data: 17 de maio de 2021, de 16:00h às 18:00h.

Facilitadora: Niamey Granhen Brandão da Costa, psicóloga mestra em Psicologia Clínica e Social pela Universidade Federal do Pará (UFPA), especialista em Docência do Terceiro Grau pela União das Escolas Superiores do Pará e professora assistente do curso de Psicologia da UFPA. Clique aqui e veja o lattes.

OBS: evento fechado aos membros do PES, por isso, não será possível a disponibilização posterior do conteúdo.

De acordo com o Ministério da Educação – MEC, “Educação a distância é a modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação (TIC). Essa modalidade é regulada por uma legislação específica e pode ser implantada na educação básica (educação de jovens e adultos, educação profissional técnica de nível médio) e na educação superior”.

Com tal definição, podemos perceber que a EaD é um fenômeno recente, proporcionado pelo desenvolvimento tecnológico cada vez mais veloz e acessível. Contudo, historicamente, podemos citar exemplos de processos de ensino-aprendizagem realizados a distância na Europa já em meados do Século XIX, porém, com tecnologias da época, como a correspondência. No Brasil, no início do século seguinte, já havia cursos de datilografia executados dessa forma. Além disso, nos anos 1920, o Rádio apresentou-se como alternativa para aqueles que queriam estudar sem sair de casa.

 O uso do audiovisual na Educação a Distância ganhou força apenas nos anos 1980, quando ocupou o espaço das televisões. Com tentativas como o Telecurso, da Organização Roberto Marinho, por exemplo, o estudante poderia assistir às aulas pela TV e, com provas presenciais, solicitar o diploma de supletivo, se aprovado.

Foi somente em 1998 que o MEC regulamentou a modalidade de ensino a distância, reconhecendo sua importância e creditando aos certificados o mesmo valor dos expedidos nos cursos presenciais. Segundo a atual legislação brasileira, aliás, não há nenhum impedimento para a existência de qualquer curso na modalidade a distância, por conta de quaisquer peculiaridades das diversas áreas de conhecimento. Tudo depende apenas da qualidade ofertada pela instituição, para fins de credenciamento pelo Ministério, reconhecendo que a EaD é apta a formar profissionais técnicos, tecnólogos, graduados e pós-graduados. 

Mesmo com esse histórico, a busca por Educação a Distância ainda está se popularizando. A melhoria no acesso à web 2.0 e a hardwares portáteis, como smartphones e tablets, tem sido fundamental para esse processo.

A modalidade a distância, no caso do estado do Pará, em especial do nosso Instituto Federal de Ciências de Educação, Ciência e Tecnologia – IFPA, ganha ainda mais importância ao se pensar nas grandes distâncias a serem percorridas para que a Educação chegue para todos, com qualidade.

Mesmo para aqueles que ainda vivem em localidades de difícil acesso, onde há limitações técnicas, o IFPA cumpre o desafio de levar a educação de nível técnico, de forma gratuita e com qualidade. Por isso, o Centro de Tecnologias Educacionais e Educação a Distância – CTEAD vê na EaD uma oportunidade de difundir ainda mais a missão do Instituto.

Algumas das vantagens que se atribui à modalidade a distância são:

- Flexibilidade de horários, de local e de acesso ao material didático, oportunizando maior planejamento e melhor adaptação individual;

- Acesso ilimitado ao conteúdo do curso enquanto o aluno estiver matriculado, possibilitando revisões sempre que julgar necessário;

- Disponibilidade de professores mediadores (tutores) para sanar dúvidas, incentivar a participação dos alunos e compartilhar conhecimentos.