Alunos do ProfEPT do IFPA realizam encontro sobre EaD

Como usar a Educação a Distância para criar novos projetos de ensino-aprendizagem? Esse foi o desafio lançado, na última terça-feira, dia 17, aos estudantes do programa de Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica – ProfEPT, no Instituto Federal do Pará.

Em reunião com o chefe do Departamento de Educação a Distância, Márcio Wariss, os alunos puderam conhecer melhor como a EAD está sendo e como será trabalhada na nossa instituição, bem como as peculiaridades e desafios da modalidade em nossa sociedade.

“Eu tinha como objetivo que os alunos conhecessem o ambiente virtual de aprendizagem – AVA do IFPA, as possibilidades de produção de conteúdo para esse ambiente e, também, de formação por meio do AVA e dos MOOC [sigla, em inglês, para cursos on-line abertos e massivos]”, afirmou Natália Cavalcanti, professora responsável pela turma.  “Essa é uma maneira de possibilitar que os mestrandos repensem a sala de aula de forma ampliada. Seriam mais possibilidades para os projetos deles, que vão desenvolver pesquisas específicas na área de educação profissional e tecnológica e ensino médio integrado. Nossa intenção é que eles elaborem produtos educacionais que possam ampliar esse público e essas possibilidades do ensinar e aprender”, explicou.

A atividade faz parte da disciplina de Seminário de Pesquisa, ministrada pela professora. “Trata-se de pensar o lugar do professor como um grande mediador, pensar o aluno como produtor de conhecimento também e romper com a ideia de um ensino estático. Avalio tudo isso como um alinhamento com os tempos que vivemos, com a cibercultura. A educação não pode se furtar dessa reflexão”, observou Natália. “Nós tínhamos níveis de conhecimento sobre o tema e percebi muito interesse e que ideias foram despertadas”, comemorou a docente.

Para Shirlene Coelho, mestranda do ProfEPT-IFPA, o encontro foi uma oportunidade de repensar práticas pedagógicas integradas às novas tecnologias e otimizar o processo de ensino-aprendizagem. “Nossos estudantes são nativos digitais, eles vivem essa tecnologia. Nós professores viemos de uma outra década e estamos migrando. Então, como trabalhar isso?”, questionou.

O projeto de pesquisa de Shirlene visa discutir o acesso e permanência do público LGBTQIA (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros, Queer, Intersexual e Assexual) na Educação Profissional e Tecnológica, com foco nos pais e no apoio que a família pode dar. Ela foi professora de Sociologia da Rede Federal por dois anos e, na época, percebeu que havia limitações da docência e da sociologia em lidar com esse público.

Embora, à primeira vista, não se perceba uma conexão da temática da pesquisa da mestranda com a EAD, Shirlene avaliou o momento como enriquecedor. “Viemos aqui para aprender sobre educação a distância responsável e o objetivo aqui era expandir nossas perspectivas, o que eu gosto de chamar de ‘pororoca das ideias’. No nosso curso, temos que ampliar o leque de possibilidades e a EAD pode ser uma ferramenta pedagógica para isso. A EAD pode otimizar, pode aproximar. A educação a distância, embora tenha o termo ‘distância’, tem como um dos objetivos a aproximação, o estreitamento”, refletiu a pesquisadora na ocasião.

O ProfEPT

O Programa de Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica – ProfEPT é uma ação interinstitucional, da Rede de Institutos Federais, coordenada pelo IF do Espírito Santo – IFES, com 400 docentes e 800 alunos por todo o Brasil. O IFPA é um dos 36 polos a ofertar o curso, com 20 vagas, distribuídas igualmente entre servidores da instituição e a ampla concorrência.

O ProfEPT atende à política de democratização do acesso ao ensino técnico de qualidade e promoção da profissionalização dos jovens, qualificando professores para assumir a docência. A disciplina de Seminário de Pesquisa é o segundo módulo que os alunos estão realizando no curso.